Juami Antônio de Aquino é estudante de mestrado da UnB (Universidade de Brasília), formado em matemática pela Universidade Federal do Tocantins e Kalunga oriundo de Cavalcante (GO), nordeste do estado, região da Chapada dos Veadeiros.
Nesta semana, muito abalado, teve que ir à polícia e à TV fazer uma denúncia de racismo.
Ele foi a uma delegacia de Taguatinga Norte, no Distrito Federal, onde mora hoje, denunciar um caso grave.
Ele conta que, do nada, um homem, também negro, morador da região sudeste do estado do Tocantins, e que não o conhece, começou a passar diversos áudios de cunho racistas à namorada de Juami Antônio, com ofensas gravíssimas à cor da pele dele, ao seu cabelo e à sua origem negra.
O nome do acusado é Amilson José de Moura, dono de um bar no Centro da cidade, perto do posto de gasolina, em Conceição do Tocantins(TO).
"Está no município de Arraias? com o doido do cabelo espichado? Incutiu e foi atrás dele? Nem todo nego presta, viu", diz o homem numa das gravações.
"Bom dia tola, tá sumida. Foi atrás do cara do cabelo espichado? o cara de três cores?", gravou o ofensor em novo áudio para a namorada de Juami.
Ambos ficaram, por óbvio, muitíssimo ofendidos com as palavras, que segundo Juami lhe machucou muito.
Indignado, ele foi à delegacia e registrou o caso como injuria racial. Agora cabe à polícia apurar o caso e levar à justiça.
Fez muito bem Juami em levar o caso à polícia. Em pleno século 21, este tipo de ofensa é inaceitável.
Assista ao caso que foi exibido na TV Cultura.