Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) apontou que, se continuar no ritmo que está hoje, o desmatamento do Cerrado coloca em risco a oferta de água em 119 municípios goianos.
Conforme o levantamento, as cidades estão localizadas em regiões de fronteira agrícola no estado, dentro das áreas das bacias hidrográficas mais desmatadas do bioma em 2022.
Dentre algumas que apresentaram maior índice de destruição, estão Araguapaz, Arenópolis, Aruanã, Bom Jardim de Goiás, Colinas do Sul, Crixás, Fazenda Nova, Goianésia, Goiás, Jussara, Niquelândia e Santa Rita do Araguaia.
Os pesquisadores do estudo apontam que a perda de vegetação nativa compromete a capacidade natural de absorção e distribuição de água de uma região.
"São diversos e complexos os efeitos que a diminuição na oferta de água teria nos municípios, mas uma coisa é certa: se o desmatamento continuar na velocidade e na extensão em que está, a disponibilidade hídrica será cada vez menor", explica Fernanda Ribeiro, coordenadora da pesquisa.
Os dados do levantamento, que reúne informações relativas a 2022, apontaram que o desmatamento do Cerrado em Goiás teve um aumento de 82,5% em relação ao ano anterior.
Além disso, o estudo indicou que a temperatura média em locais onde a vegetação nativa é devastada se torna 3,5ºC mais alta do que em lugares onde ocorre preservação.
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