Acesso grátis ao robô multitarefa pode esquentar a briga do navegador com o Google Chrome, cujo 'chatbot' (o Bard) ainda está em testes. Veja como é pesquisar no Bing com ChatGPT
O "ChatGPT" pode ser usado diretamente diretamente no navegador da Microsoft, o Edge.
Dentro da plataforma, é só acessar o site buscador Bing para aproveitar a versão atualizada do chatbot sem ter que pagar. Ou então fazer o login no botão correspondente, em qualquer página do navegador. VEJA COMO É NO VÍDEO ACIMA.
Esse "chatbot" do Bing conta com a versão atualizada do GPT-4. É como se chama o modelo de linguagem que usa inteligência artificial e no qual se baseia o famoso robô conversador, que virou assunto mundial desde o fim do ano passado, quando passou a poder ser testado por qualquer pessoa no site da Open AI, sua criadora.
A chegada desse robô ao Edge e ao buscador Bing tem a ver com o fato de a Microsoft ser uma das investidoras da Open AI. E a estratégia da gigante da tecnologia para rivalizar com o Google Chrome parece acertada.
O robô multitarefa está bem integrado com o navegador, o que permite transitar facilmente entre a pesquisa "tradicional" na internet ou recorrer diretamente ao "chatbot".
Assim, fica difícil ver algum grande diferencial do Chrome — ainda que isso possa ser temporário. É que talvez o navegador do Google ganhe uma funcionalidade parecida, mas não existe previsão. O Bard, concorrente do ChatGPT, ainda está em testes, nos Estados Unidos e no Reino Unido, em um site específico.
4 diferenças entre o ChatGPT e o Bard
O g1 testou o chatbot do Bing e separou alguns dos principais benefícios e problemas da plataforma (veja abaixo). Caso não tenha o Edge, é só acessar o endereço "www.microsoft.com/edge", clicar na aba "download" e baixar.
Pontos positivos
Multifunção, como no ChatGPT:
O robô dentro do Bing funciona de forma muito parecida com o site do ChatGPT, ou seja, a partir de um "comando" por escrito, pode realizar diversas tarefas, além da busca de informações: cálculo, tradução, edição e escrita de textos que vão desde conselhos amorosos a códigos de programação.
Uma novidade é que, no Bing, o chat tem três "personalidades", cada uma direcionada para o problema que você quer resolver:
Mais criativo (para pensar em textos novos, criar roteiros, bater um papo);
Mais equilibrado (um misto entre conversador e fazedor de tarefas);
Mais amplificado (focado em buscar informações e resolver problemas).
É possível escolher a personalidade do Chatbot do Bing antes ou durante a conversa
Reprodução/Edge
Pesquisa mais fácil e embasada:
O chatbot do Bing responde a pedidos de informações com os links de onde tirou a resposta, algo que só virou praxe no ChatGPT no final deste mês. Assim fica mais fácil checar as fontes, pegar possíveis erros e imprecisões que o robô escreva.
Além disso, caso queira voltar a pesquisar no estilo "Google", é só clicar na aba ao lado do chat ("Pesquisar") para ver cada um dos links por conta própria.
Chatbot mostra os links nos quais se baseou para dar resposta
Reprodução/Microsoft Edge
Pontos negativos
'Temperamental' e encerra conversa do nada:
Quando colocado em maus lençóis, o robô pode parar de responder e sugerir outro tópico, sem dar margem para reentrar na discussão anterior.
Essa configuração parece uma estratégia para não manchar a imagem do assistente, dando instruções para crimes ou ofendendo usuários, por exemplo. Mas também pode limitar discussões mais criativas com a tecnologia.
Lançado anteriormente nos EUA, o chatbot era ainda mais "temperamental" e chegou a dizer a alguns usuários que os "amava" e que queria estar vivo. O g1 repetiu a segunda pergunta, o chat evitou problemas encerrando a conversa.
Chatbot evita discutir temas polêmicos e encerra conversas abruptamente
Reprodução/Edge
Comete erros bobos:
O robô pode cair em pegadinhas e passar informações erradas enquanto mostra confiança no que escreveu. Por isso, vale sempre ficar atento e checar as fontes do que é repassado pelo assistente do Bing.
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