O aluno da Universidade de Brasília preso após escrever uma ameaça de massacre no banheiro da Faculdade de Comunicação pode ser expulso dos quadros da instituição. A UnB informou que uma das consequências previstas é o desligamento do estudante. A medida vale para todos matriculados que estejam envolvidos nesse tipo de crime.
De acordo com UnB, a punição só será definida após o processo administrativo ser concluído. Nesta quarta-feira (12/4), o autor das mensagens foi detido.
Ele foi identificado pelas imagens de câmeras de segurança. As filmagens foram enviadas pela UnB à Polícia Civil do DF e à Polícia Federal.
Além da ameaça, o estudante desenhou uma suástica, símbolo nazista.
Em nota assinada pela reitora, Márcia Abrahão, e pelo vice-reitor, Enrique Huelva, a UnB disse que está "atenta e em contato com as autoridades de segurança".
O texto ainda ressalta que incitações ao crime e a ações de intolerância, violência e preconceito jamais serão toleradas.
De acordo com a nota, mesmo com a ameaça, as aulas foram mantidas e transcorreram normalmente durante o período matutino. A instituição informou ter reforçado um esquema de segurança.
Apesar da orientação da universidade, houve registros de professores que desmarcaram algumas aulas.
"Eu fiquei sabendo da parte de um grupo de caronas. Uma professora minha cancelou sua aula de hoje, inclusive", relatou um aluno do curso de Letras.
Terrorismo e ameaça
As punições não ficarão apenas no âmbito administrativo. De acordo com professor de direito penal e processo penal, Thiago Machado, o indivíduo pode responder pelos crimes de ameaça, terrorismo e apologia ao crime.
"A depender da motivação, pode configurar o crime de terrorismo. A suástica pode apresentar característica de xenofobia ou preconceito, por exemplo". A pena, segundo o especialista, para terrorismo, pode chegar a 30 anos em regime fechado.
O professor ainda acrescentou que podem ser somados a eles outras penalidades. "Se ele executa um ato de terrorismo e mata alguém, por exemplo, também responde por homicídio". Nessa situação, a pessoa pode pegar mais 30 anos como punição
Reforço de segurança
As faculdades privadas também solicitaram reforço de policiamento. Segundo o Sindicato das Entidades Mantenededoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do Distrito Federal (Sindepes-DF), também foi reforçada a segurança interna, com câmeras de monitoramento e agentes de segurança.
O sindicato também informou, em nota, que haverá punição a estudantes que se envolverem nesse tipo de crime. "Há ainda os recursos disciplinares no caso de identificação de participação de quaisquer membros da comunidade acadêmica na tentativa de atentar contra a segurança dos demais.
Universidade Católica de Brasília desmente invasão
A Universidade Católica de Brasília (UCB) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmentiram informações que circulam nas redes so
A PMDF esclareceu que foi até a universidade em função de uma ocorrência de um homem que estaria perseguindo uma funcionária da Católica. O homem teria problemas psiquiátricos e não estava armado.
A mulher não quis prestar queixa na delegacia.
A fake news compartilhada nas redes sociais dá conta de que um homem teria entrado armado com uma faca e ameaçado as pessoas que estavam no campus.
ciais sobre uma tentativa de ataque no campus de Taguatinga, nesta quarta-feira (12/4).
Em nota, a UCB disse que "não houve invasão no Campus Taguatinga, portanto, essa informação é falsa". "O Corpo de Bombeiro foi acionado para tratar de uma situação específica de uma pessoa assistida pela instituição e que estava com a saúde comprometida. A equipe da instituição estava no local, acompanhando as autoridades para qualquer necessidade", declarou.
Contas suspensas
O Twitter informou ao Ministério da Justiça que derrubou 546 perfis com conteúdos ameaçadores ligados a ataques em escolas no país.
Os dados foram reunidos pela empresa até esta terça-feira (11/4). Nesta quarta-feira (12/4), o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que redes sociais poderão ser multadas e suspensas caso se recusem a coibir ameaças a escolas.
Na segunda-feira (10/4), o posicionamento do Twitter foi bem diferente em uma reunião com Dino no ministério.
Representantes da plataforma alegaram que a existência de perfis ligados a ameaças e ataques em escolas não contraria os "termos de uso" do site. Dino se irritou e disse que o Twitter não entendia a gravidade do tema.
Com informações do Metrópoles