Pessoas ligadas às goianas Kátyna Baía, 44, e Jeanne Paolini, 40, que ficaram presas mais de um mês na Alemanha, alertam que pessoas estão aplicando o golpe do pix em nome delas. Golpistas estariam pedindo transferências supostamente para ajudar no retorno delas ao Brasil.
Elas tiveram a identificação da mala trocada e foram presas em Frankfurt sob a acusação de levar 40 kg de cocaína na bagagem. As mulheres foram libertadas da prisão na última terça-feira (11).
Via redes sociais, a irmã de Kátyna e a advogada que as representa pediram que as pessoas não façam nenhum tipo de doação.
"Olá, estamos aqui para deixar claro para todos vocês que nem a família nem os advogados estão pedindo dinheiro ou pix, ou qualquer tipo de transferência, para auxiliar na defesa ou no transporte da Kátyna e da Jeane", disse a advogada Luna Provázio, em vídeo.
"As meninas estão bem, estão em segurança e a gente não tem necessidade de nenhum tipo ajuda financeira nesse momento. Elas voltarão para o Brasil com segurança e se alguém mandar mensagem pra você solicitando pix, transferência ou qualquer ajuda financeira não caia, é golpe. Fique atento, espalhe para as pessoas que nós não solicitamos nenhum tipo de ajuda financeira, tanto a nossa família quanto os advogados", reforçou Lorena Baía, irmã de Kátyna.
O alerta foi publicado nas redes sociais de ambas e também no perfil criado para compartilhar a situação das duas brasileiras presas na Europa.
Investigações da Polícia Federal apontaram que elas foram vítimas de uma quadrilha que trocava bagagens no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Um dia antes do embarque das brasileiras, o mesmo golpe foi aplicado em uma mala que iria para a França, segundo a PF.
O casal foi preso em 5 de março. Na ocasião, a polícia alemã mostrou às duas quais malas tinham sido apreendidas com a droga e as etiquetas no nome delas. Segundo a defesa, Kátyna e Jeanne viram de imediato que a bagagem era completamente diferente da delas.
Na última terça, poucas horas antes da soltura de Kátyna Baía e Jeanne Paolini, um representante do MP alemão fez uma solicitação informal de informações a uma autoridade que acompanhava o caso no Ministério Público Federal brasileiro.
Queria se certificar de que as informações passadas pelo Ministério da Justiça, de que não havia envolvimento de ambos no crime, eram corretas. Com a confirmação de que elas haviam sido vítimas de uma quadrilha especializada em trocas de etiquetas de bagagens, já desbaratada, a libertação pôde seguir adiante.