Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Tecnologia e Games

Justiça cassa liminar que suspendeu o Telegram no Brasil


Desembargador afirmou que decisão 'não guarda razoabilidade, considerando a afetação ampla em todo território nacional da liberdade de comunicação de milhares de pessoas absolutamente estranhas aos fatos sob apuração'. Multa de R$ 1 milhão diária por não ceder informações sobre grupos está mantida. Telegram foi banido no Brasil, mas decisão de desembargador suspendeu parcialmente a liminar

Getty Images

O desembargador federal Flávio Lucas, da 2ª Turma Especializada do TRF-2, suspendeu parcialmente a liminar da Justiça Federal do Espírito Santo que determinava a suspensão temporária do aplicativo Telegram no Brasil. A decisão foi publicada neste sábado (29).

De acordo com o desembargador, a suspensão completa do aplicativo em todo o país "não guarda razoabilidade, considerando a afetação ampla em todo território nacional da liberdade de comunicação de milhares de pessoas absolutamente estranhas aos fatos sob apuração".

O magistrado, no entanto, manteve a multa diária de R$ 1 milhão aplicada pela primeira instância, pelo descumprimento da determinação de fornecer os dados “de todos os usuários” de canais com conteúdo neonazista principalmente de seus administradores.

O mérito do mandado de segurança ainda deverá ser julgado pelo TRF-2.

LEIA TAMBÉM

Telegram diz que Justiça ordenou entrega de dados impossíveis de serem obtidos; PF afirma que lentidão permitiu exclusão de informações

Aplicativo manteve canal neonazista ativo mesmo sabendo que criador já havia se envolvido com 'incitação à violência'

O que é o Telegram? Saiba como funciona o aplicativo

Quem deve aplicar o bloqueio? Veja respostas

O Telegram saiu do ar na noite desta quarta-feira (26). Usuários relataram que o aplicativo não consegue concluir o envio de mensagens.

Trecho da decisão judicial que determinou a suspensão do Telegram no Brasil

JN

O que motivou a decisão?

A PF solicitou ao Telegram dados sobre integrantes de grupos, inclusive neonazistas, que estariam incentivando ataques. O pedido foi deferido na quarta-feira (19) pela Justiça Federal do Espírito Santo.

O aplicativo chegou a entregar parte dos dados na sexta-feira (21), mas não forneceu números de telefone de todos participantes de um grupo com conteúdo nazista, alegando que os grupos tinham sido deletados.

As informações serão usadas na investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz que deixou quatro mortos, em novembro de 2022. A PF quer apurar as conexões do assassino, de 16 anos, em grupos no aplicativo.

G1

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!