“Desde maio, quando surgiram os primeiros casos na europa, o sistema único de saúde se preparou para enfrentar essa ameaça. Enfrentamos a emergência de saúde pública causada pela covid-19 e, desde o início, organizamos as estruturas dos laboratórios para fazermos o diagnóstico [da varíola dos macacos]”, informou.
Queiroga falou sobre a letalidade e a taxa de infecção da varíola dos macacos no Brasil, que em âmbito internacional causou cinco mortes em países considerados não endêmicos, segundo dados da OMS.
“Vale lembrar que a letalidade dessa doença [varíola dos macacos] é baixa, ou seja, a maioria dos casos é simples, de tal sorte que não é algo que se assemelhe à covid-19, apesar de ser uma emergência de saúde pública global reconhecida pela OMS”, informou o ministro.
O ministro da Saúde lembrou que a grande maioria de casos de varíola dos macacos acomete homens que fazem sexo com outros homens, e que o principal vetor de transmissão é o contato direto pele a pele ou pelas mucosas. “Isso é uma observação epidemiológica. Não tem cunho de estigmatizar cidadãos. Qualquer um pode adquirir”, complementou.
Outro ponto apresentado pelo ministro da Saúde é que o uso de preservativos não impede a contaminação pela varíola dos macacos. Dentre as principais características da enfermidade estão: febre, lesões de pele, ínguas e crostas. “Os indivíduos devem ficar isolados”, explicou Queiroga, que estimou em três semanas o período de convalescência.
O ministro, que é médico, também afirmou que o tratamento da doença até o momento se dá pelo tratamento dos sintomas, enquanto medicamentos antivirais específicos contra a doença ainda estão sendo estudados.
Poliomielite
Erradicada no Brasil em 1989, a poliomielite teve casos diagnosticados em outros países recentemente, relatou o ministro. Para evitar qualquer ocorrência da doença em solo nacional, Queiroga reforçou a importância da vacinação da Campanha Nacional de Vacinação, lançada no dia 7 de agosto.
“Qual é a nossa arma? A vacinação. É por isso que nós fazemos um apelo aos pais, aos avós: que levem filhos e netos para as salas de vacinação”, disse o ministro.
O esquema vacinal para a poliomielite tem duas fases. Na primeira, a criança toma 3 doses injetáveis: a primeira aos dois meses de vida; a segunda aos 4 meses de vida; a terceira aos 6 meses de vida. A segunda fase, de reforço, deve ser administrada por via oral a partir de 1 ano e 3 meses de vida. A segunda dose das gotinhas deve ser dada aos 4 anos, e não deve ultrapassar os 6 anos, 11 meses e 29 dias de vida da criança.
Assista à entrevista em A Voz do Brasil:
Agência Brasil