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Tecnologia e Games

Em debate no Senado, setor de videogames defende que jogos de fantasia não se enquadrem no 'marco legal' em tramitação

Sessão discutiu projeto que dispensa autorização do Estado para que tanto jogos eletrônicos quanto os de fantasia sejam desenvolvidos e oferecidos no mercado.


Foto: Reprodução internet
Sessão discutiu projeto que dispensa autorização do Estado para que tanto jogos eletrônicos quanto os de fantasia sejam desenvolvidos e oferecidos no mercado. Proposta já foi aprovada na Câmara. Em debate no Senado para discutir o marco legal dos jogos eletrônicos e de fantasia realizado nesta quarta-feira (20), associações do setor de games defenderam que os "jogos de fantasia" não sejam enquadrados na mesma legislação que os videogames.

O projeto, de autoria do deputado Kim Kataguiri (União-SP), foi aprovado pela Câmara em outubro do ano passado e aguarda análise dos senadores.

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Os jogos de fantasia (ou "fantasy games", como são conhecidos na internet) são aqueles em que o jogador monta um time ficcional com jogadores de uma competição real – e ganha pontos com base no desempenho daqueles atletas.

O debate para discutir o tema foi agendado no Senado a pedido da senadora Leila Barros (PDT-DF). A sessão contou com a participação de psicólogos, entidades do setor de games, do setor de jogos de fantasia, e de defesa de crianças e adolescentes.

"Videogame precisa ser tratado de forma separada. Queremos uma regulamentação. Temos algumas sugestões legislativas para que isso possa acontecer, mas a gente precisa fazer acontecer da forma certa. Se vai ser regulado 'fantasy sports' em outro lugar, que assim o seja, porém videogame precisa ser preservado como coisa séria e principalmente por conta das crianças que são nosso grande foco e mercado", disse o presidente da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games (Abragames) Rodrigo Terra.

Por outro lado, representantes do setor de jogos de fantasia defenderam que a natureza jurídica dos games e desse tipo de jogos seria a mesma.

"A natureza jurídica disso, dessas duas atividades, desses dois mundos, é uma só. É tecnologia, é tecnologia. Uma empresa de games, assim como a de fantasy, é composta majoritariamente por pessoas relacionadas à área de tecnologia", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sport (ABFS), Rafael Marcondes.

Entre outros pontos, o texto dispensa autorização do Estado para que tanto jogos eletrônicos quanto os de fantasia sejam desenvolvidos e oferecidos no mercado.

Representantes que participaram da sessão também defenderam a necessidade de revisão do texto.

"Nenhuma das associações que lida com desenvolvimento de jogos eletrônicos no Brasil é apoiadora do projeto 2796/21 no formato em que está. Isso deve chamar alguma atenção. Há algo estranho em um projeto que deveria visar proteger, incentivar, fomentar, garantir o setor e nenhuma empresa do setor, nenhuma associação do setor reconhece valor nesse projeto? O que será que está havendo?", questionou o representante da Associação de Desenvolvedores de Jogos Digitais do Estado do Rio de Janeiro (Ring) Marcio Roberto Carvalho Matheus Filho.

Também participaram da sessão representantes do Ministério da Fazenda e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A Coordenadora-Geral de Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Vicentini, defendeu que seria necessário mais tempo para debate e apresentou dados da Receita Federal de que as isenções concedidas pela medida geraram uma perda de arrecadação de R$ 800 milhões.

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Jogos de azar

Outro ponto defendido pelas entidades do setor de Fantasy esportes é que esse tipo de jogo não pode ser considerado como jogo de azar, pois exige habilidade e que, sendo assim, os jogos de fantasia não poderiam ter a mesma regulamentação do setor de apostas.

"O Fantasy esporte ele é um jogo de estratégia, um jogo de habilidade, não é aposta, não é jogo de azar, e faço isso com a maior convicção porque estou amparado para falar isso em estudos acadêmicos robustos", afirmou Marcondes.

O presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sport disse ainda que uma nota técnica do Ministério da Fazenda afirmou que essa modalidade não poderia ser considerada como jogo de azar.

G1

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