G1
Empresa ameaçava bloquear notícias em resultados de busca do país. Acordo põe fim ao entrave envolvendo a Lei de Notícias Online do país, que obriga gigantes da tecnologia a compartilharem suas receitas de publicidade com veículos de notícias canadenses. GoogleAndrew Kelly/Reuters/ArquivoO Canadá e o Google firmaram acordo para manter exibir notícias nos resultados de pesquisas do país. O buscador se comprometeu a pagar ao todo 100 milhões de dólares canadenses por ano (cerca de R$ 360 milhões) para veículos jornalísticos do país.Segundo fontes da agência France Presse, o governo de Justin Trudeau buscava obter 172 milhões de dólares canadenses (R$ 432 milhões).O acordo prevê que o Google negocie com um único grupo que representaria todos os meios, o que permitiria limitar os riscos de litígio, segundo a CBC/Radio-Canada.A decisão põe fim ao entrave envolvendo o Google, formalmente uma empresa da Alphabet, e a lei de notícias online do Canadá. A regra determina que grandes empresas de internet devem compartilhar sua receita de publicidade com veículos de notícias canadenses."Após semanas de discussões produtivas, tenho o prazer de anunciar que encontramos um caminho a seguir com o Google para a implementação da Lei de Notícias Online", disse a ministra do Patrimônio, Pascale St-Onge, em comunicado.Parte de uma tendência global para as gigantes de internet pagarem por notícias, a Lei de Notícias Online foi aprovada pelo parlamento canadense em junho. Agora, o governo finaliza as regras para divulgá-las até o prazo final de 19 de dezembro.O Google havia afirmado que bloquearia as notícias em sua plataforma e que a lei canadense era mais rigorosa do que legislações da Europa e da Austrália. A empresa também havia alegado que poderia ficar exposta a uma responsabilidade potencialmente ilimitada com a nova regra.Em outubro, uma entidade setorial de notícias do Canadá apoiou algumas das preocupações do Google sobre a nova lei.A Meta, outra gigante de internet que é alvo da lei, já bloqueou o compartilhamento de notícias no Facebook e no Instagram em função de preocupações com a legislação.LEIA TAMBÉM:Veja quais países discutem se 'big techs' devem pagar por notícias exibidas no seu feedCasas de apostas invadem sites de prefeituras em busca de 'vitrine' na internet