O ministro Fernando Haddad (Fazenda) admitiu hoje que há consenso dentro do PT para a reeleição do presidente Lula (PT) em 2026.
O que Haddad disse
Durante a campanha, Lula repetiu por diversas vezes que não concorreria à reeleição. Os principais argumentos eram a idade —ele terá 81 anos ao fim do pleito —e a vontade de se aposentar com a primeira-dama Janja da Silva, masd desde que assumiu, o presidente tem revisto a posição.
Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute.Fernando Haddad, sobre 2026
"O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta", disse o ministro, em entrevista ao jornal O Globo publicada hoje. "Porque a natureza da liderança do Lula é diferente da de outros fenômenos eleitorais. O bolsonarismo tem uma dinâmica muito diferente."
Ele disse não participar de reuniões internas do partido, mas assumiu não haver, ainda, um substituto e que não pensa em ser ele. "Excluído 2026, o fato é que a questão [de um sucessor] vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso."
Sem sucessor
Internamente, a falta de um sucessor forte é o que mais tem impulsionado Lula a quebrar sua promessa de campanha. Além disso, como indica a entrevista de Haddad, a visão dentro do PT e do Planalto é: se a reeleição de Lula é tido como algo praticamente garantido, por que arriscar?
Assim que assumiu, ele alçou diversos nomes no governo a sucedê-lo, mas nenhum despontou até então. Entre eles estavam Haddad, candidato em 2018, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), que vai ao STF.
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