Nas últimas disputas para avançarem à fase final da chave de simples, alguns 'passistas', ou melhor, tenistas foram ficando pelo caminho. Entre eles a promessa brasileira, o carioca João Fonseca, e o número dois do mundo, o alemão Alexander Zverev, que protagonizou uma cena hilária ao tentar acertar uma bolada no drone do evento. Favorito ao título, Zverev foi eliminado nas quartas de final, após derrota para o argentino Francisco Comesana (67º no ranking).
Aos poucos, os hermanos também foram se despedindo. Sobrou um: Sebastian Baez. O último dos argentinos no Rio Open atropelou o francês Alexandre Muller na final - 2 sets a 0 (parciais de 6/2 e 6/3) - e, pelo segundo ano seguido, levantou o troféu no saibro carioca.
O momento da vitória 👏🏆👏
Parabéns pelo bicampeonato inédito no Rio Open, Seba! Já podemos te chamar de SebasTIÃO? 🇧🇷🤝🇦🇷#RioOpenpic.twitter.com/pTfHvTsYcM— Rio Open (@RioOpenOficial) February 23, 2025
Se no desfiles das escolas de samba os ritmistas ficam atentos para deixar tudo afinado, na quadra, os tenistas usam a mesma estratégia nos jogos decisivos.
Na final de duplas de cadeira de rodas, o brasileiro Daniel Rodrigues e o argentino Gustavo Fernandez mostraram sintonia fina e venceram de virada, por 2 sets a 1 ( 2/6, 6/3 e 11/9), os espanhóis Daniel Caverzaschi e Martin De La Puente na segunda edição do Weelchair Tennis Elite.
Vitória dos sul-americanos Fernandez/Rodrigues 2/6 6/3 11-9! 🎾
Eles vencem De La Puente/Caverzaschi e são os grandes campeões de duplas do Wheelchair Tennis Elite - apresentado por ALLOS 🏆#RioOpen pic.twitter.com/SeMniomhQT— Rio Open (@RioOpenOficial) February 22, 2025
No carnaval tudo é definido nos detalhes. Na final de duplas masculinas, os brasileiros Marcelo Melo e Rafael Matos usaram uma tática parecida: Melo se mexeu muito junto à rede para encurtar as trocas de bola, especialidade dos espanhóis. Os brasileiros aguentaram a pressão da torcida e foram melhores que os espanhois Pedro Martinez e Jaume Munar. Melo e Matos fecharam o jogo em 2 sets a 0 (6/2 e7/5).
Para o 'veterano' Marcelo Melo foi um trabalho que começou lá trás. Logo após a conquista, em lágrimas, o tenista mineiro revelou que está prestes a completar 18 anos de carreira jogando exclusivamente em chaves de duplas. Foi número 1 do mundo, ganhou Roland Garros, Wimbledon, mas a conquista do título em casa teve um sabor diferente. Lembrou que escutou muita coisa, mas que queria muito ganhar esse título aos 41 anos. Rafael Matos também comemorou muito o bicampeonato nas duplas no saibro carioca. Dessa vez, em parceria 100% brasileira. Ano passado, o gaúcho levantou o troféu ao lado do colombiano Nicolás Barrientos.
Surpresas são o segredo do sucesso na passarela do samba. No saibro do Rio Open não teve nada de mistério. O argentino Juan Martín Del Potro e o brasileiro João Fonseca mostraram como é importante e necessário ser solidário, que atitudes propositivas valem muito no esporte e na vida. Os dois participaram de um torneio ao lado de cadeirantes do Brasil e da Argentina. Belo exemplo. Todos saíram vencedores na luta contra a exclusão.
Cássio Motta (à esquerda) chegou a ser o número 4 do mundo no ranking de duplas e 48º colocado em simples durante o período de 1978 a 1994. Ele foi homenageado com uma placa, entregue por Ricardo Acioly, diretor de relações do Rio Open - JPIRES/Rio Open/Direitos ReservadosO tenista brasileiro Cássio Motta foi o homenageado desse ano na Quadra Guga Kuerten, pelos feitos na carreira - entre 1978 e 1994 - e o legado para o tênis brasileiro. Motta chegou a ser o número 4 do mundo no ranking de duplas e 48º colocado em simples na listada Associação de Tenistas Profissionais (ATP). Em quase duas décadas em quadra, o brasileiro conquistou 10 títulos em 23 finais de duplas, além de integrar a equipe nacional semifinalista da Copa Davis em 1992. Cássio foi o brasileiro mais jovem a entrar no top 100 da ATP até o início deste ano, quando foi superado por João Fonseca, que ingresso no seleto grupo aos 18 anos, 5 meses e 6 dias de idade. Cassio Motta recebeu uma placa de Ricardo Acioly, diretor de relações do Rio Open.
No carnaval, tomadas de decisão fazem a diferença. Ter equilíbrio, ritmo e sintonia também. No tênis, não é diferente. Dançarinos e tenistas lutam por pontos. Uma dedicação movida pela energia de querer mais. Que 2026 tenhamos mais e novas emoções, mais inclusão e novas metas atingidas pelo tênis brasileiro…
Agência Brasil