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ONU cita Twitter sobre Musk em alerta contra discurso de ódio nas redes sociais


Especialistas do órgão citaram estudo que analisou explosão de termo racista na plataforma logo após compra por Elon Musk. Empresa culpou ação de "trolls" e disse não compactuar com as ofensas. Elon Musk deve sair do cargo de CEO após perguntar sobre seu destino a seguidores

REUTERS/Dado Ruvic

Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram um alerta nesta sexta-feira (6) contra o discurso de ódio nas redes sociais, em comunicado que deu destaque a um estudo sobre o crescimento do racismo no Twitter pouco depois da compra pelo empresário Elon Musk.

O estudo, da Network Contagion Research Institute fez um levantamento da expressão racista em inglês "nigger":

Segundo a análise, doze horas após a compra, o uso da palavra cresceu quase 500%, em comparação com a média anterior;

O Twitter informou que o fato ocorreu por conta de uma campanha de "trolls" e que não compactuava com as ofensas.

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Outras plataformas

No resto do comunicado, os especialistas citam CEOs de outras plataformas, como Facebook, Instagram, Apple e Google para criticar o que consideram uma lacuna entre o compromisso das empresas e aplicação efetiva das políticas contra o discurso de ódio.

"As empresas de redes sociais devem abordar com urgência postagens e atividades que advogam o ódio e constituem incitação à discriminação, de acordo com os padrões internacionais de liberdade de expressão", afirmaram.

Elon Musk

Musk assumiu o Twitter com desconfiança de especialistas por se declarar um "absolutista da liberdade de expressão".

No novo comando, por exemplo, o Twitter restabeleceu a conta pessoal da deputada de extrema direita Marjorie Taylor Greene, que foi banida em janeiro por violar as políticas de desinformação Covid-19 da plataforma.

Outros grupos que monitoram a plataforma para discursos racistas, antissemitas e outros tópicos também viram o aumento da exploração desses temas e no racismo em relação a jogadores de futebol da Copa do Mundo.

Esse aumento no conteúdo nocivo também pode ser explicado pela desordem que se seguiu à decisão de Musk de demitir metade da força de trabalho da empresa, demitir altos executivos e, em seguida, instituir uma série de ultimatos que levaram outras centenas a pedir demissão.

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G1

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