Internet de quinta geração atua em frequência similar às já existentes há mais tempo, apontam especialistas. Veja como ocorrem os testes de segurança. 'Revolução 5G': confira se a nova tecnologia traz algum risco aos usuários
O 5G chegou e, na mesma velocidade que promete deixar a internet, trouxe junto boatos que causam preocupação aos usuários. As informações falsas que circulam nas redes sociais vão desde riscos de contrair doenças a quedas de aviões por causa da frequência.
Para desmistificar a chegada da internet de quinta geração, a EPTV, afiliada da TV Globo, ouviu especialistas no assunto, que detalharam os cuidados que são tomados com a tecnologia. O conteúdo integra uma série de reportagens do EPTV1 sobre o 5G, transmitida nesta semana.
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Pesquisador de engenharia e tecnologia do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Hugo Rodrigues Filgueiras afirma que a frequência utilizada pelo 5G não é muito diferente das demais.
"A gente escuta muitas dúvidas relacionadas, se vai modificar o DNA humano, se esquenta prótese, mata passarinho. A gente tem que entender que, do ponto de vista de radiofrequência, o sinal que vai para o ar, é muito similar aos outros que já existem no ar. A gente não subiu tanto em frequência, as potências não mudaram."
O 5G promete ser uma revolução tecnológica, com conexões com velocidade ultrarrápida
Reprodução/EPTV
Já Gustavo Correa, gerente de soluções de comunicação sem fio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), destaca que entidades atuam para garantir a segurança, com parâmetros estabelecidos para o uso da tecnologia.
"Existem fóruns mundiais de padronização que têm como premissa garantir a segurança das pessoas que vão utilizar aquele equipamento, então eles estabeleceram limiares de transmissão de potência que são muito abaixo dos que são ofensivos à saúde humana. Até uma estação rádio-base, Wi-Fi, em alguns casos, tem mais potência de transmissão do que o 5G."
Testes rigorosos
Antes da comercialização, todos os aparelhos de telecomunicação precisam ser analisados e certificados pela Anatel.
Essa análise ocorre após os equipamentos serem testados em centros como o CPqD. Eduardo Santos, que é coordenador técnico do local em Campinas (SP), detalha como é o comportamento da radiação.
"Todo o terminal de celular emite uma radiação quando ele está em operação, quando você está em uma ligação ou mesmo dentro do bolso, mesmo pelo aquecimento da própria bateria. Então a gente posiciona ele para medir o quanto está passando para dentro do organismo."
Sala do Complexo Laboratorial de Conectividade, do CPqD, onde são realizados testes com o 5G em Campinas
Reprodução/EPTV
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