Uma equipe de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável identificou, na quinta-feira (30), um desmatamento ilegal de 132 hectares de vegetação nativa em Teresina de Goiás.
O desmatamento foi flagrado enquanto ainda estava em andamento. Do total devastado, 1,5 hectare estava dentro da reserva legal, enquanto os outros 130,6 hectares foram suprimidos em área fora da reserva legal e de preservação permanente (APP).
A área foi embargada, e os responsáveis receberam multas no total de R$ 141 mil. Além disso, o maquinário utilizado na infração foi apreendido. As penalidades aplicadas seguem as diretrizes do decreto federal 6514/2008.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, ressaltou que o tempo de análise para a concessão de licenças ambientais foi significativamente reduzido, passando de três a quatro anos para apenas 45 dias, incentivando a regularização.
"A tendência é que esses percentuais continuem a cair com os recém-criados Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) e o Sistema de Reposição Florestal (Reflor)", destaca.
Em novembro de 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou os dados do sistema Prodes sobre o desmatamento em todos os estados brasileiros entre 1º de agosto de 2023 e 31 de julho de 2024.
Em Goiás, a área desmatada foi de 411,9 km², o menor índice registrado desde 2001. Em comparação com o período anterior, houve uma redução de 48,8%.
O estado ficou em terceiro lugar no ranking de maior redução percentual do desmatamento no bioma Cerrado em 2023/2024, ficando atrás do Distrito Federal (-72,2%) e da Bahia (-63,3%), mas à frente de Mato Grosso (-29,5%), Minas Gerais (-27,6%), Mato Grosso do Sul (-22,2%), Maranhão (-15%), Piauí (-10%), Tocantins (-9,6%) e Rondônia (-8,1%).
Por outro lado, alguns estados registraram aumento no desmatamento, com destaque para São Paulo (+112,8%), Paraná (+33,3%) e Pará (+14,2%).
Fonte: Agro2