O levantamento mostra que, em 2021, o paĂs teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior nĂșmero identificado nos Ășltimos dez anos. Atualmente, a tuberculose figura como a segunda doença infecciosa que mais mata, atrĂĄs apenas da covid-19, além de ser a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids.
Durante entrevista coletiva, hoje (24), em BrasĂlia, a ministra da SaĂșde, NĂsia Trindade, lembrou que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura e atinge prioritariamente populações mais vulnerĂĄveis, como pessoas em situação de rua, comunidades indĂgenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade.
Os nĂșmeros apresentados pelo ministério mostram que, no Brasil, 48% das famĂlias afetadas de alguma forma pela tuberculose tĂȘm gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda. A ministra destacou que o combate à doença não pode ser visto como um projeto setorial ou de um Ășnico ministério.
O diretor do departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente TransmissĂveis, Draurio Barreira Cravo Neto, reforçou que a meta de eliminar a tuberculose até 2030 exige união de esforços. "Não serĂĄ uma secretaria ou um só ministério isoladamente que vão conseguir atingir essa ambiciosa meta, mas perfeitamente factĂvel", afirmou.
"Do ponto de vista social, tivemos um processo de piora de todos os indicadores sociais nos Ășltimos cinco a seis anos. Com isso, a tuberculose, que é uma doença basicamente [causada] por esses determinantes sociais, teve recrudescimento nas taxas de mortalidade, de incidĂȘncia e mesmo de cura."
Fonte: AgĂȘncia Brasil