Moradores da cidade de Guaraí, localizada na região centro-norte do Tocantins, fizeram uma descoberta inusitada recentemente: um escorpião amarelo, uma espécie não nativa da região.
Esse aracnídeo é considerado o mais venenoso da América do Sul e já possui registros em outras dez cidades tocantinenses.
Identificado cientificamente como Tityus serrulatus, o escorpião amarelo é comum nas regiões sudeste, centro-oeste e nordeste do Brasil.
Sua presença no Tocantins já havia sido confirmada desde 2017, mas essa foi a primeira vez que ele foi encontrado em Guaraí.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) não pode precisar como essa espécie chegou ao estado, mas há algumas suposições.
De acordo com Iza Alencar, médica veterinária e responsável pela área técnica de zoonoses e animais peçonhentos da SES, "ele pode ter chegado através de entulhos comprados de outros estados, dentro de bagagens, entre outras maneiras".
O escorpião amarelo possui a habilidade de se multiplicar rapidamente, o que aumenta a preocupação em relação ao seu controle.
Iza Alencar ressalta que o animal é noturno e se alimenta principalmente de pequenos animais como baratas e grilos, preferindo habitats sujos onde há entulho e lixo.
Para evitar uma disseminação descontrolada, a representante da SES enfatiza a importância de combater o escorpião assim que ele for identificado.
Ela solicita que a população informe as autoridades de saúde caso encontre esse aracnídeo.
Em caso de acidente com o escorpião, a veterinária recomenda buscar atendimento médico imediatamente.
A picada pode causar dor, vermelhidão no local e, em casos mais graves, taquicardia, vômitos, náuseas, rebaixamento de consciência e sudorese generalizada.
Complicações sérias incluem edema pulmonar e, em situações extremas, até óbito.
As cidades do Tocantins onde o escorpião amarelo já foi identificado incluem Araguaçu, Natividade, Palmeirópolis, Arraias, Cariri, Gurupi, Paraíso, Palmas, Colinas, São Bento e Guaraí.
A SES enviou uma equipe técnica para Guaraí para realizar um estudo mais aprofundado sobre a incidência do escorpião na região.
Além disso, reforça a importância da colaboração da população para o monitoramento e controle desses aracnídeos.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Dinomar Miranda