Bandidos dispararam aproximadamente vinte vezes contra o casal. Segundo informações obtidas pelo Jornal O VETOR, o homem foi alvejado pelo menos quatro vezes e a mulher foi ferida de raspão. Suspeita é de acerto de contas entre grupos rivais.
Roberto Naborfazan
Policiais Militares da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar do Estado de Goiás – 14ª CIPM (Alto Paraíso de Goiás/São João d"Aliança) foram acionados por volta das 23:30 do domingo, 03, para averiguar a entrada de duas pessoas, uma do sexo masculino e a outra do sexo feminino, feridas por arma de fogo, no hospital municipal Gumercindo Barbosa, em Alto Paraíso de Goiás.
A guarnição composta pelo 3° Sargento Valdivino e pelo Soldado Almir, recebeu a informação do 3° Sargento Wesley e se dirigiu a unidade hospital. No local, as vítimas estavam passando por atendimentos médicos na sala de procedimentos. O Jornal O VETOR apurou que a jovem baleada atende pelo nome de A. e seu companheiro R.
Com autorização dos responsáveis pela unidade, os Policiais Militares puderam entrar na sala de atendimento para colher maiores informações sobre o ato criminoso.
Segundo relato da senhora A. que estava sentindo muita dor, mas consciente, eram dois os indivíduos que tentaram contra sua vida e do seu companheiro. Ela disse que os atiradores, que ela acredita que seja os elementos D. e P., moradores na cidade de Alto Paraíso de Goiás, que estavam a pé e se aproximaram do veículo onde ela e R. estavam, na Rua Coleto Paulino, próximo ao estádio de futebol Odilon Nunes Bandeira, e desferiram vários disparos de arma de fogo contra o veículo. Ao ser atingido, R. perdeu a direção e acabou batendo contra o portão de uma residência. (Foram aproximadamente vinte disparos).
No hospital, a vítima A. estava com um aparelho celular Samsung de cor fundo verde clara (difícil identificação), e relatou que não era dela, que possivelmente os autores do atentado deixaram cair na cena do crime. O aparelho foi apreendido e passado para a Polícia Civil. Já a vítima, R., se encontrava inconsciente, recebendo atendimento médico, e evidentemente não sendo possível ser interrogada.
Foi ainda encontrado no local um outro aparelho celular marca Samsung Cinza escuro, que estava bloqueado com senha, sendo também apreendido e passado para a Polícia civil, responsável por dar prosseguimento nas investigações.
Todos procedimentos foram tomados pelo Sargento Valdivino, com o local do crime isolado e preservado conforme o Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do estado de Goiás – POP.
A ocorrência foi comunicada a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Alto Paraíso de Goiás, e compareceu ao local o agente plantonista Marcos Aurélio. A perícia foi acionada pelo agente.
O Comandante do Policiamento Urbano – CPU, Sargento Xavier, também foi comunicado da situação. A Central-Geral de Comunicação de Ocorrências Policiais Militares (CGCOP) foi avisada sobre a ocorrência por meio do 1º Sargento Marques, e o Comandante do 1° pelotão, Tenente Alberto também foi informado.
Foi dada imediata busca pelos atiradores, contando com o reforço e apoio dos Policiais Militares que davam plantão no Distrito de São Jorge, o Sargento Elvis e o Soldado Ponte.
Apesar da intensificação dos patrulhamentos na intenção de localizar os supostos autores do delito, até o fechamento desta reportagem os atiradores ainda não haviam sido localizados. Imagens de câmeras de seguranças estão sendo analisadas e podem ajudar na elucidação dos fatos. A Polícia Militar continua no encalço dos bandidos.
Ao Jornal O VETOR, a Polícia Civil informou que os celulares estão sendo periciados e que as investigações estão em andamento, em sigilo.
Pela gravidade dos ferimentos, a vítima R. foi transferida para outro município com maior e melhor estrutura hospitalar. Já a vítima A. até o fechamento da reportagem continuava em observação no hospital de Alto Paraíso de Goiás.
Uma fonte, que pediu para não ser identificada, disse ao Jornal O VETOR que, pelos antecedentes dos envolvidos, tudo leva a crer que as tentativas de homicídio tenham origem no acerto de contas entre traficantes e usuários de drogas.