A Policia Civil cumpriu na quarta-feira (24), em Goiânia, mandados de busca e apreensão em imóveis pertencentes a uma cuidadora, de 25 anos, presa no início de janeiro por furtar quase R$ 1 milhão de duas idosas. Entre os bens que teriam sido adquiridos com o dinheiro das vítimas e que foram recuperados esta semana estão dois veículos.
Samara Alves de Andrade foi presa no último dia 4 de janeiro, após denúncia feita por familiares de duas vítimas, que são irmãs e eram cuidadas pela suspeita. No momento em que foi abordada por agentes da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI), a cuidadora tentava sacar R$ 100 mil da conta de uma das vítimas.
Antes disso, Samara havia subtraído mais de R$ 500 mil de outra idosa, que faleceu no final do ano passado, e que havia vendido um imóvel em Brasília, no Distrito Federal, por R$ 1 milhão. Para ficar com o dinheiro, a cuidadora falsificou uma procuração.
O golpe só foi descoberto quando uma sobrinha da vítima decidiu fazer a partilha dos bens após a morte da idosa de 98 anos. No momento em que foi identificada e presa, a suspeita já estava cuidando de outra mulher, de 93 anos, irmã da primeira vítima. Segundo familiares das idosas, Samara cuidava bem delas e aproveitou-se do fato de ter a confiança de todos para furtá-las.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou a quebra do sigilo bancário das contas pertencentes à Samara, que já estão sendo analisadas. A investigação agora consiste em descobrir para onde ela enviou o restante do dinheiro subtraído das idosas.
Segundo a Polícia Civil, o carro adquirido pela cuidadora, que foi recuperado esta semana, está avaliado em R$ 110 mil. Já a motocicleta, que também foi apreendida, custou R$ 12 mil. Além dos veículos, joias e relógio, os agentes encontraram na casa de Samara e da mãe dela pneus novos, capacete e vários comprovantes de compras e transferências bancárias.
"A intenção é rastrear tudo o que foi feito com o dinheiro furtado para que possamos ressarcir a vítima e os parentes da idosa que faleceu", relatou o delegado Alexandre Bruno Barros, titular da DEAI.
Fonte: maisgoias