Óculos da Apple oferecem sensação de imersão com telas 4K e áudio espacial. Mas o preço salgado e a pequena oferta de conteúdo próprio para realidade virtual podem fazer usuários desistirem de comprar o aparelho neste momento.
Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual
A Apple marcou sua entrada na disputa da realidade virtual com o Vision Pro, que já foi testado por milhares de pessoas nos Estados Unidos. Mas como é usar os óculos da dona do iPhone? E vale a pena pagar US$ 3.499 (ou R$ 17.500, na conversão direta) pelo aparelho?
O g1 experimentou o Vision Pro do publicitário Gabriel Borges, um dos primeiros brasileiros que compraram o aparelho. Ele trouxe os óculos dos Estados Unidos, único país em que o produto é vendido, e gastou cerca de R$ 30 mil após as taxas.
O primeiro contato com o aparelho chamou atenção para a imersão que os óculos, de fato, oferecem. A sensação é de que você realmente entrou em um vídeo (veja o vídeo acima).
A Apple destaca no sistema alguns conteúdos próprios para os óculos, incluindo clipes de artistas famosos e vídeos que exploram sensações como o medo de altura.
O material otimizado para o Vision Pro aproveita a qualidade das telas, que têm resolução 4K, e o áudio espacial, que faz o som se mover junto com você.
Mas a bateria só dura cerca de duas horas, o que permite assistir apenas a um filme longa-metragem com duração convencional – a única saída é usar o aparelho com a bateria conectada na tomada.
E quem usa óculos precisa pagar ainda mais caro em lentes que se encaixam no aparelho e custam a partir de US$ 99 (cerca de R$ 500). Os óculos da Meta também dependem dessas lentes externas, mas os da Microsoft podem fazer correção pelo sistema, sem exigir a compra dos acessórios.
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Vale a pena?
O Vision Pro ainda é um aparelho voltado para usuários como o Gabriel, que querem conhecer com antecedência as possibilidades do visionOS, sistema de realidade virtual da Apple.
A aposta da empresa parece estar na alta qualidade de imagem e de som do seu produto. E a escolha de dispensar controles físicos foi acertada, já que a navegação com movimentos dos olhos e pequenos gestos com as mãos dá mais conforto.
Mas, por enquanto, as opções de aplicativos otimizados para esse ambiente, com visual 3D são bem limitadas. Além dos vídeos em 360º, há programas que usam a realidade virtual para mostrar objetos de diferentes ângulos.
Boa parte dos aplicativos que usamos no dia a dia só reproduz a aparência 2D que é vista na tela de celulares e computadores. A tendência é que isso mude à medida em que desenvolvedores criam versões focadas na plataforma.
E, além de chegarem depois de concorrentes, os óculos da Apple são mais caros: enquanto o Vision Pro custa US$ 3.499, o Meta Quest Pro sai por US$ 1.499 (R$ 7.500).
Veja FOTOS do Apple Vision Pro
Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple
Celso Tavares/g1
Vision Pro marcou a entrada da Apple na disputa da realidade virtual
Celso Tavares/g1
O publicitário Gabriel Borges foi um dos primeiros brasileiros que compraram o Vision Pro
Celso Tavares/g1
O Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple, tem áudio espacial, que faz o som se movimentar com você
Celso Tavares/g1
Vision Pro é vendido apenas nos EUA por US$ 3.499 (cerca de R$ 17.500, na conversão direta, sem impostos)
Celso Tavares/g1
O peso do Vision Pro varia entre 600 e 650 gramas.
Celso Tavares/g1
Nos EUA, algumas pessoas disseram ter sentido dor de cabeça e enjoo após usar o produto.
Celso Taváres/g1
O material otimizado para o Vision Pro aproveita a qualidade das telas, que têm resolução 4K, e o áudio espacial.
Celso Tavares/g1
Confira o vídeo de lançamento do Vision Pro
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