Boca doce

Cavalcante-GO: equipes do TJGO visitam comunidade Vão de Almas e explicam benefícios do projeto

Por Akontece em 10/07/2024 às 19:50:31

Casinhas de tijolos de adobe, telhados de palha e chão de terra batida. Traços marcantes da resistência cultural quilombola da comunidade Kalunga Vão de Almas, em Cavalcante. Para conhecer um pouco mais da realidade dessas pessoas, suas principais carências, o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) Aldo Sabino e sua equipe de servidoras e servidores estiveram, nesta terça-feira (9), naquela comunidade, que hoje abriga 282 famílias.

A visita faz parte do Mês da Presidência em Cavalcante, que integra o Projeto Raízes Kalungas – Justiça e Cidadania, idealizado pelo presidente do TJGO, desembargador Carlos França, e nesta segunda semana de julho, é coordenada pelo juiz Aldo Sabino.

Estiveram presentes na visita, as assessoras da Presidência Susana Araújo, Ana Paula Saad Canedo, Maria de Fátima da Silva; a coordenadora da Ceago – CPE, Gisele Rodrigues, a coordenadora da Central Estadual de Atermação dos Juizados Especiais do Estado de Goiás (Ceaje), Karla Helou; o diretor de serviço da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), Marcus Vinícius Ferreira, e Guilherme Melo de Souza, assistente judiciário da DTI.

Durante a visita, o magistrado teve oportunidade de apresentar as principais diretrizes do projeto, bem como de ouvir as dificuldades enfrentadas pela comunidade. "Foi uma experiência muito produtiva conhecer como vive a comunidade e saber que o Poder Judiciário poderá contribuir para garantir serviços importantes, como a implantação de Pontos de Inclusão Digital – PIDs", explicou, ao acrescentar que por meio do PID, será possível trazer serviços judiciais, como a participação de audiências, atermação nos juizados especiais, conquista de direitos previdenciários. "Servirá como um ponto de orientação sobre questões jurídicas e consulta processual."

Para o magistrado, a instalação de PIDs vai ser uma referência para a comunidade e possibilitará parcerias com outros órgãos. "É possível que a façamos convênios com outros Poderes para trazer outros tipos de serviços que a população tanto necessita", reforçou Aldo Sabino (foto acima).

Moradora da comunidade Vão de Almas, Josineste da Silva Dias dos Santos, servidora recém contratada pelo Poder Judiciário, atuará no PID que está sendo instalado na região. "A implementação do Ponto de Inclusão Digital vai ajudar muito os moradores de Vão de Almas com uma série de serviços. Aqui enfrentamos muitas dificuldades de acesso, transporte, de benefícios básicos e com a presença do PID, outros benefícios poderão chegar também", diz confiante.

Esperança de dias melhores

A lavradora Neusa Fernando da Cunha (foto abaixo), 53 anos, relatou que uma das principais dificuldades enfrentadas pela comunidade é o acesso. Mas está confiante que a presença do Poder Judiciário facilitará a chegada de benefícios. "Temos muitas dificuldades de acesso por conta das características do local e quando chove a situação piora. Então precisamos de uma atenção especial nessa questão e também de mais transporte porque é muito difícil quando alguém passa mal conseguir chegar até aqui. Agora com a justiça mais perto da gente, acredito que vai aumentar a chance de fazer com que outros órgãos cheguem para nos ajudar".

Também compartilha da mesma opinião de dona Neusa, o lavrador José dos Reis da Cunha Santos, de 53 anos "Precisamos de mais pontes, de serviços de saúde, de transporte, principalmente para as nossas crianças. Muitas andam até 12 quilômetros para chegar a escola. Estamos felizes com os serviços trazidos pelo Poder Judiciário, a presença de um juiz em nossa comunidade nos fortalece e nos dá esperança de dias melhores".

Nascida e criada na comunidade, a professora Maria Pereira dos Santos (foto acima), 49 anos, afirmou que desde que ficou sabendo da criação do projeto Raízes Kalungas, acreditou que mudanças positivas estão por vir. "Os benefícios já estão chegando e minha expectativa é nossa condição vai melhorar ainda mais em breve".

Fonte: TJGO

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