Foto: Agência Brasil - EBC
Em janeiro, a inadimplência foi de 19,6% e, em dezembro de 2024, 19,5%.
Em número absolutos, na comparação anual, foram 108 mil lares que saíram da situação de inadimplência em fevereiro.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5), são da Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De acordo com a entidade, a queda na inadimplência decorre da elevação da renda dos brasileiros e da reduzida taxa de desemprego.
"O mercado de trabalho em seu melhor momento e uma consequente massa de renda historicamente alta – R$ 40,6 bilhões no último trimestre de 2024, na capital paulista, o maior volume da série histórica do IBGE – fizeram com que o volume de famílias inadimplentes em São Paulo caísse novamente em fevereiro", destacou a Fecomércio, em nota.
Segundo os dados, a inadimplência das famílias do município de São Paulo está abaixo da casa dos 20% desde agosto de 2024, após ficar mais de dois anos acima desse patamar.
O tempo médio de atraso nas dívidas, que em fevereiro estava em 63,1 dias, era 66,2 dias no mesmo mês do ano passado. "Esse é um dado relevante, na análise da Federação, porque significa que o juro rolado com a despesa não quitada tende a ser menor, o que favorece um retorno mais rápido da família ao ambiente de consumo", ressaltou a FecomercioSP.
De acordo com o levantamento, a porcentagem de famílias com dívidas a pagar em fevereiro, no município de São Paulo, foi 67,7% – em janeiro era 67,2% e, em fevereiro de 2024, 68,1%. Em números absolutos, são 2,77 milhões de casas endividadas na cidade em fevereiro de 2025.
"A leitura da entidade é que esse fenômeno pode ser também efeito do mercado de trabalho aquecido e da massa de renda, que faz com que mais pessoas façam compras de médio prazo".
De acordo com a FecomercioSP, o alto endividamento pode ser explicado em razão de a maior parte das dívidas serem feitas com cartão de crédito - 82% das famílias endividadas citam a fatura como a despesa a ser paga.
A pesquisa mostra ainda que a porcentagem de famílias sem condições de pagar as dívidas atrasadas também caiu em fevereiro: de 8,7% em janeiro, para 8,3%, em fevereiro. No segundo mês de 2024, esse número era 9,4%.
Fonte: Agência Brasil