O Tocantins registrou 4.901 acidentes envolvendo animais peçonhentos em todo ano de 2022. O ataque de escorpiões está no topo da lista, com 1.791 casos. Em Palmas, uma moradora conseguiu encher um litro de álcool só com esses animais.
Veja a lista com os tipos de ataques mais registados:
- Escorpiões – 1.791
- Serpentes – 704
- Abelhas – 580
- Arraias - 507
- Aranhas – 291
- Marimbondos – 267
- Lagartas – 220
- Outros animais – 541
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a maioria dos acidentes acontece dentro de casa.
"Dependendo das condições que tiver na nossa casa, a gente pode favorecer que alguns animais peçonhentos permaneçam lá, como é o caso do escorpião, das aranhas. É muito importante à questão da limpeza, ter o hábito de estar vasculhando toda casa, não deixar entulhos. Ter cuidado ao redor da casa onde ficam telhas, tijolos", explicou a assessora de zoonoses da SES, Iza Alencar Sampaio Oliveira.
Na casa da Kiara Lúbia Carvalho a sujeira não é motivo para o aparecimento de tantos escorpiões. Ela cuida muito bem do lugar, mesmo assim conseguiu encher uma garrafa de álcool com os bichos.
"Eu procuro sempre manter as coisas limpas, mas devido a casa ficar fechada o dia todo porque eu trabalho. Meu marido trabalha aqui na chácara, mas a casa fica fechada. A gente sempre encontra", comentou.
A mulher mora com as filhas e o marido. Eles entram na casa olhando para cima porque os escorpiões costumam ficar escondidos entre as madeiras e a telha. Apesar de tanto cuidado, não teve jeito e um acidente acabou acontecendo com uma das filhas.
"Foi enfiando a mão para desvirar a calça para ir para à escola e ele picou na mão dela", contou.
Em situações assim, a orientação é buscar atendimento médico o mais rápido possível. Em Porto Nacional uma moradora teve necrose na mão e perdeu parte dos movimentos após uma picada de aranha.
"Pode precisar do uso do soro peçonhento, que é aquele que vai neutralizar o veneno que aquele animal inoculou na pessoa. Tem que buscar a unidade de saúde mais próxima para fazer uma avaliação médica", disse Iza Alencar.
G1