A Justiça de Goiás rejeitou o pedido da companhia Enel e manteve a licitação para a compra de ônibus elétricos para o Eixo Anhanguera, em Goiânia. A determinação foi feita neste domingo (26).
De acordo com um documento expedido pela 1º Vara da Fazenda Estadual, os argumentos da empresa não foram vislumbrados e não houve razões para "falar em suspensão ou adiamento da data para apresentação de propostas para a apresentação de propostas após modificações".
A decisão vem após o governador Ronaldo Caiado (UB) chamar a empresa de "facção criminosa" e acusá-la de tentar realizar uma manobra para suspender a proposta de aquisição.
"Nunca vi a Enel como uma empresa, mas como uma facção criminosa, um braço da máfia italiana que quase destruiu o sistema energético de Goiás e agora tenta impedir ações de melhoria do transporte coletivo de Goiânia", disse.
De acordo com Caiado, a empresa esperou até às 22h de quinta-feira (22) – prazo para envio de recursos – para mandar mais de 100 questionamentos sobre a licitação, além do pedido de suspensão.
Segundo o governador, muitas perguntas sobre o pedido já haviam sido respondidas anteriormente pela Metrobus – empresa responsável pela licitação – a Enel.
"Trata-se de uma manobra clara com o único objetivo de prejudicar a licitação, visto que alguns dos seus questionamentos se referem à modelagem que a própria Enel propôs quando apresentou seu Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), ainda no ano passado", destacou Caiado.
Em comunicado enviado a imprensa, a Enel confirmou o envio de solicitações para o esclarecimento, além de sugestões técnicas para o processo de licitação dos ônibus elétricos.
A companhia afirmou que solicitou mais tempo para apresentar as propostas de todos os candidatos, em função das recentes alterações realizadas no edital.